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"A maturidade permite-me olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais doçura." (Lya Luft)
A Júlia era a mais velha de quatro irmãos, que viviam numa aldeia, onde os pais, sem grandes possibilidades monetárias, se esforçavam para dar aos seus filhotes o melhor.
O Natal era diferente em sua casa e na dos meninos da sua aldeia, não conheciam outras realidades, por isso eram felizes, embora a Júlia sonhasse que um dia teria um Natal cheio de prendas e coisas boas.
Na noite de Natal o jantar era melhorado e iam sempre à missa do galo e juntavam-se aos outros meninos que contentes, iam pela estrada abaixo rindo e cantando. Para eles saberem que iam beijar o Menino Jesus, era uma alegria.
O presépio da Júlia era feito por ela e pelos irmãos com barro e musgo, claro que quando as peças secavam e se partiam, eles não desistiam e faziam novas figuras.
Quando acabavam as festas chegava a hora de voltar à escola.
A Júlia ficava triste quando a professora perguntava que prendas tinham recebido, ela tinha de inventar, porque não tinha recebido nenhuma e jurou, que se um dia fosse professora, (o que veio a acontecer) , nunca faria essa pergunta.
Uns dias mais tarde receberam um aviso do correio, o que seria?
Foram os quatro, cheios de curiosidade, buscar a encomenda que era bem pesada.
Chegados a casa desembrulharam à pressa tudo o que vinha na caixa.
A Júlia tinha uma madrinha rica no Norte que de vez em quando enviava algumas coisas boas.
Chocolates, uma boneca, carrinhos e outros brinquedos que fizeram a delícia de todos.
Foi sem dúvida um Natal diferente e inesquecível.
Quando cresceu e se tornou adulta a Júlia proporcionou a todos os que amava o Natal com que tinha sonhado.
Post para o blog dapessoas e coisas da vida (sapo.pt)
O espectáculo está prestes a começar.
Lá atrás dá os últimos retoques nos lábios, ajeita o vestido,compõe a gola , aperta os últimos botões, olha-se ao espelho, ajeita a madeixa que teimosamente descai sobre a testa. Ensaia o sorriso, o gesto das mãos, a maneira de olhar, respira fundo enquanto fecha os olhos e relembra tudo o que estudou e ensaiou.
Não há luz, não há som, não há cor , apenas ela.
Sabe cada gesto, cada passo...
Lentamente o pano sobe.
Sorri, porque a proibiram de chorar, canta, porque alguém não gosta de silêncio, dança porque não é permitido parar.
Ouve lamentos, desabafos, consola e volta a sorrir.
Ensina o que nunca conseguiu aprender, voa sem saber voar, escuta o que nunca lhe tinham dito.
Apetecia-lhe chorar, falar sobre as sua fragilidades, os seus medos, os seus sonhos...dos encantos, de alegrias pasageiras, do amor, da saudade...não pode... está no palco, a plateia quer gargalhadas, fugir por momentos da realidade, sentir que está num mundo que tal como ela gostavam de ter .
E todos os dias quando o pano cai, despe-se de tudo, apaga as luzes e tira a máscara.
Inicialmente pensado para 9 de Novembro, foi adiado para o dia 12
Como hoje se celebra o Dia dos Oceanos, resolvi recordar o passeio que fiz à grande barreira de coral na Austrália.
Pena ter perdido o filme que fiz debaixo de água; ficam algumas fotos.
Estará sempre no meu coração e achei que uma música vale mais que mil palavras.
Um dia estaremos juntas.
Vi a parte da fentre toda esventrada e o meu pobre coração ficou pequenino.
Geralmente cuido bem do meu veículo, não é muito velho, faço as inspeções, mudo o óleo e os pneus quando necessário, mando alinhar a direcção, enfim, sou cuidadosa, já que o dinheiro não abunda e não quero comprar um novo.
Isto tudo para dizer, que sem eu esperar, acende-se uma luz vermelha que nunca tinha visto, fui a um mecãnico e a sentença foi lida, filtro de partículas sujo. E sabia eu lá o que era esse tal filtro, fui logo ao Sr. Google investigar e vi que a coisa era grave.
Consultei dois mecânicos que me deram um orçamento de cair para o lado, fui a um terceiro que me disse:
- Ah, isso é fácil , há uma empresa no Porto que faz a limpeza desses filtros e é baratinho.
Fiquei aliviada e durante mais de oito dias andei a pé e até soube bem.
Aproveitei para mandar arranjar a buzina, não é que sinta falta dela, porque não costumo apitar, se mo fazem a mim, sem razão, abro o vidro e faço um gesto feio com a mão.
Agora há que fazer viagens grandes e não andar só nas voltinhas, para não sujar o dito.
Quando um dia chegares, os meus olhos brilharão como duas estrelas que iluminam a escuridão da tua ausência.
Os meus braços serão pequenos para te acolher, mas o tamanho da minha emoção será suficiente para que percebas a plenitude dos meus sentimentos.
Voaremos para um mundo que só a nós pertence, construiremos lá o nosso castelo de sonhos. nada nem ninguém ousará invadir os momentos que queremos eternizar.
Teremos apenas a Lua como testemunha, assim quando estivermos separados e surgir aquela dorzinha da saudade olharemos para ela e lembraremos que as nossas almas e nossos corações estarão sempre ligados apesar da distância.
Lembra-te sempre, que se tu te atrasares demais, poderei esperar-te o resto da minha vida.