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"A maturidade permite-me olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais doçura." (Lya Luft)
Em Novembro de 2019 visitei a Colômbia.
Um dos lugares que fascinou foi observar este enorme monte de granito.
Piedra Peñol, um enorme monólito de origem granítica, que se eleva a mais de 220m do solo, de frente para a baía de Guatapé. Subida ao topo dos seus 659 degraus, para desfrutar da fantástica vista. O nome da localidade deve-se ao Cacique de Guatapé, um líder da comunidade indígena do período pré-hispânico.
Contou-nos o guia que um pai com sete filhos distribui a sua herança e calhou ao mais novo este monte que não valia nada.
Em vez de desanimar, o rapaz teve uma brilhante ideia e resolveu escavá-lo e construir degraus que levavam os turistas até ao cimo.
Eu subi-os a custo, mas valeu a pena, porque lá do alto tínhamos uma vista soberba.
Durante alguns anos as minhas passagens de ano aconteciam numa casa de campo de um casal amigo.
Éramos sempre um grupinho de cerca de 20 e cada um era encarregado de levar qualquer coisa, para não sobrecarregar a dona da casa.
Comíamos, bebíamos e depois dançávamos pela noite fora.
Este ano foi bem diferente, devido ao confinamento, não tive companhia.
A partir se uma certa idade escolhi viver sozinha e por mais estranho que pareça, nunca senti o que era a solidão.
Faço o que quero, e quando quero. Leio, passeio, fotografo e há de vez em quando um cafezinho tomado com amigas.
Pela primeira vez senti o peso da solidão, faltou-me um abraço.
Hoje quando abri a caixa do correio, vi que havia um embrulho especial, bem diferente das contas que costumo receber.
Abri avidamente e apareceu um livro.
Um livro com um título que me cativou" As cores do amor"
Quem teve a gentileza de mo oferecer foi a minha amiga da blogosfera Elvira Carvalho do blog http://imagensdaelvira.blogspot.com/. e SEXTA-FEIRA (6feira.blogspot.com)
Um livro escrito por ela. Não tive ainda tempo de o ler todo, mas pelo que já li, sei que me vai prender, ou não fosse uma história de amor que acaba bem ( tenho sempre a mania de ler o final).
Fica aqui o meu sincero agradecimento por se ter lembrado de mim.
Não é todos os dias que se recebe um presente de uma pessoa que não conheço pessoalmente.
Continuo a pensar como sempre pensei...as pessoas da blogosfera são especiais.
Grata Elvira Carvalho
A primeira vez que tive acesso à música de Stacey Kent foi em Londres, já lá vai muito tempo, ainda por cá não se ouvia falar dela.
Mais tarde tive oportunidade de a ouvir ao vivo em Leiria e adorei.
Simples, com ar de menina, falava português e encantou-me.
A maior dificuldade é escolher uma canção dela, são todas tão cativantes!
Deixo esta, espero que gostem.
Fica a música e o sonho.
Habituei-me a não esperar nada nem por ninguém.
Vivo os meus dias ao sabor dos ventos, da brisa suave, da calmaria dos dias cinzentos e mornos ou de outros ensolarados.
Sou como o tempo que passa e que eu não quero dar por ele, embora ele teime em deixar marcas que umas vezes são indeléveis, outras cicatrizes que demoram a sarar.
A noite que povoa a minha vida traz-me o luar onde me aninho contemplando as estrelas e escolha uma delas para conversar, sei que guarda os meus segredos, que me ilumina quando teimo em não sair da escuridão.
Quando de manhã os primeiros raios de sol se entrelaçam nos meus dedos e iluminam os meus olhos vivo na luz que me envolve, abro a janela do coração e amo o que vive em mim e esqueço o que foi, o que era e tudo o que ilusoriamente julgava ser meu.
E neste embalo me equilibro, sem pedir, sem julgar, sem duvidar, apenas vivendo sem te esperar.
Apesar do momento difícil que estamos a viver, desejo a todos uma Páscoa cheia de cor, doce e que saibamos descobrir a alegria em todos os momentos.
O cão de olhar triste e a menina de rosto tapado e de olhar apreensivo.