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"A maturidade permite-me olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais doçura." (Lya Luft)
Em Julho do ano passado fui operada às cataratas por um cirurgião muito bem conceituado.
Tudo parecia correr bem.
Fui diversas vezes consultada por outro médico assistente, fazia exames, receitava-me mais umas gotas e mandava-me para casa.
A situação agravou-se e comecei a ter uma névoa nos olhos que me quase me impedia de conduzir.
Desta última vez regressei lá e pedi:
- Por favor doutor, tire-me esta névoa.
Respondeu:
-Pronto, vamos lá fazer o laser.
No final perguntei:
- Acha que vou ficar sem a névoa e ficar a ver melhor?
Resposta rápida.
_ Não sei, não sou bruxo.
Estás sempre na minha memória, mesmo distante, lembro-me do teu sorriso e sinto-me acolhida.
Que esta lembrança faça bem um ao outro.
Que sejamos saudade batendo no peito.
Que sejamos o amor que nunca esqueci.
Lembro-me do teu sorriso, do teu afago que me encantou e tantas vezes me enlouqueceu.
Que sejamos hoje e sempre, uma coisa boa que mora dentro de nós.
Quando criei este blog, foi minha intenção escrever o que sinto, experiências de vida, temas que transmitissem algo do que sinto e penso e algumas reflexões.
Entretanto a vida pregou-me uma pequena partida e tive de ser operada às cataratas, intervenção que não correu tão bem como esperava e ainda hoje ando em consultas para que o mau estar acabe e volte de novo à escrita.
Como gosto muito de fotografia vou dando uns passeios até ao mar acompanhada com as minhas amigas gaivotas e é lá que me sinto bem e relaxo.
A Júlia era a mais velha de quatro irmãos, que viviam numa aldeia, onde os pais, sem grandes possibilidades monetárias, se esforçavam para dar aos seus filhotes o melhor.
O Natal era diferente em sua casa e na dos meninos da sua aldeia, não conheciam outras realidades, por isso eram felizes, embora a Júlia sonhasse que um dia teria um Natal cheio de prendas e coisas boas.
Na noite de Natal o jantar era melhorado e iam sempre à missa do galo e juntavam-se aos outros meninos que contentes, iam pela estrada abaixo rindo e cantando. Para eles saberem que iam beijar o Menino Jesus, era uma alegria.
O presépio da Júlia era feito por ela e pelos irmãos com barro e musgo, claro que quando as peças secavam e se partiam, eles não desistiam e faziam novas figuras.
Quando acabavam as festas chegava a hora de voltar à escola.
A Júlia ficava triste quando a professora perguntava que prendas tinham recebido, ela tinha de inventar, porque não tinha recebido nenhuma e jurou, que se um dia fosse professora, (o que veio a acontecer) , nunca faria essa pergunta.
Uns dias mais tarde receberam um aviso do correio, o que seria?
Foram os quatro, cheios de curiosidade, buscar a encomenda que era bem pesada.
Chegados a casa desembrulharam à pressa tudo o que vinha na caixa.
A Júlia tinha uma madrinha rica no Norte que de vez em quando enviava algumas coisas boas.
Chocolates, uma boneca, carrinhos e outros brinquedos que fizeram a delícia de todos.
Foi sem dúvida um Natal diferente e inesquecível.
Quando cresceu e se tornou adulta a Júlia proporcionou a todos os que amava o Natal com que tinha sonhado.
Post para o blog dapessoas e coisas da vida (sapo.pt)
O espectáculo está prestes a começar.
Lá atrás dá os últimos retoques nos lábios, ajeita o vestido,compõe a gola , aperta os últimos botões, olha-se ao espelho, ajeita a madeixa que teimosamente descai sobre a testa. Ensaia o sorriso, o gesto das mãos, a maneira de olhar, respira fundo enquanto fecha os olhos e relembra tudo o que estudou e ensaiou.
Não há luz, não há som, não há cor , apenas ela.
Sabe cada gesto, cada passo...
Lentamente o pano sobe.
Sorri, porque a proibiram de chorar, canta, porque alguém não gosta de silêncio, dança porque não é permitido parar.
Ouve lamentos, desabafos, consola e volta a sorrir.
Ensina o que nunca conseguiu aprender, voa sem saber voar, escuta o que nunca lhe tinham dito.
Apetecia-lhe chorar, falar sobre as sua fragilidades, os seus medos, os seus sonhos...dos encantos, de alegrias pasageiras, do amor, da saudade...não pode... está no palco, a plateia quer gargalhadas, fugir por momentos da realidade, sentir que está num mundo que tal como ela gostavam de ter .
E todos os dias quando o pano cai, despe-se de tudo, apaga as luzes e tira a máscara.
Inicialmente pensado para 9 de Novembro, foi adiado para o dia 12
Como hoje se celebra o Dia dos Oceanos, resolvi recordar o passeio que fiz à grande barreira de coral na Austrália.
Pena ter perdido o filme que fiz debaixo de água; ficam algumas fotos.
Estará sempre no meu coração e achei que uma música vale mais que mil palavras.
Um dia estaremos juntas.