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"A maturidade permite-me olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais doçura." (Lya Luft)
Em Novembro de 2019 visitei a Colômbia.
Um dos lugares que fascinou foi observar este enorme monte de granito.
Piedra Peñol, um enorme monólito de origem granítica, que se eleva a mais de 220m do solo, de frente para a baía de Guatapé. Subida ao topo dos seus 659 degraus, para desfrutar da fantástica vista. O nome da localidade deve-se ao Cacique de Guatapé, um líder da comunidade indígena do período pré-hispânico.
Contou-nos o guia que um pai com sete filhos distribui a sua herança e calhou ao mais novo este monte que não valia nada.
Em vez de desanimar, o rapaz teve uma brilhante ideia e resolveu escavá-lo e construir degraus que levavam os turistas até ao cimo.
Eu subi-os a custo, mas valeu a pena, porque lá do alto tínhamos uma vista soberba.
Durante alguns anos as minhas passagens de ano aconteciam numa casa de campo de um casal amigo.
Éramos sempre um grupinho de cerca de 20 e cada um era encarregado de levar qualquer coisa, para não sobrecarregar a dona da casa.
Comíamos, bebíamos e depois dançávamos pela noite fora.
Este ano foi bem diferente, devido ao confinamento, não tive companhia.
A partir se uma certa idade escolhi viver sozinha e por mais estranho que pareça, nunca senti o que era a solidão.
Faço o que quero, e quando quero. Leio, passeio, fotografo e há de vez em quando um cafezinho tomado com amigas.
Pela primeira vez senti o peso da solidão, faltou-me um abraço.