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"A maturidade permite-me olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais doçura." (Lya Luft)
Em Novembro de 2019 visitei a Colômbia.
Um dos lugares que fascinou foi observar este enorme monte de granito.
Piedra Peñol, um enorme monólito de origem granítica, que se eleva a mais de 220m do solo, de frente para a baía de Guatapé. Subida ao topo dos seus 659 degraus, para desfrutar da fantástica vista. O nome da localidade deve-se ao Cacique de Guatapé, um líder da comunidade indígena do período pré-hispânico.
Contou-nos o guia que um pai com sete filhos distribui a sua herança e calhou ao mais novo este monte que não valia nada.
Em vez de desanimar, o rapaz teve uma brilhante ideia e resolveu escavá-lo e construir degraus que levavam os turistas até ao cimo.
Eu subi-os a custo, mas valeu a pena, porque lá do alto tínhamos uma vista soberba.
A aldeia de Ainokura de estilo Gasshō é a aldeia famosa pela sua arquitectura "Gasshō-zukuri" (construção em que os telhados são muito inclinados representando, simbolicamente, a forma de duas mãos em oração), a qual se encontra registada como Património Mundial da UNESCO.
O cenário e a vida tradicionais desta aldeia foram rigorosamente preservados, dando assim uma visão nostálgica da cultura original japonesa às pessoas que por aqui passam.
Fui em grupo e com guia português.
Passeámos a pé por estas ruas, onde o ambiente calmo e extremamente verde nos cativou.
Falo da selva de verdade, onde pude ver todo o género de animais... leões, girafas, elefantes, hipopótamos, crocodilos, gazelas, etc.
Claro que sempre de jipe, não fosse algum bichinho pensar que eu era um pedaço de carne tenra, como se enganariam... sou osso duro de roer.
Hoje vivo numa outra selva, que não é de todo a que mais me agrada.
Como posso gostar de ladrões, pedófilos, guerras, de violência nas ruas e nos lares onde os cobardes atacam?
Como posso gostar da deslealdade, da mentira, do que parece e não é, do assédio, da promiscuidade, da chantagem, do diz que disse, da imoralidade, da sacanagem, da mentira descarada e de mais um rol de coisas que não digo, para não tornar este desabafo demasiado pesado
Perante este cenário doloroso, só me apetece pedir:
- Por favor levem-me para aquela selva de verdade por onde um dia andei!
- Tirem-me daqui!