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"A maturidade permite-me olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais doçura." (Lya Luft)
Habituei-me a não esperar nada nem por ninguém.
Vivo os meus dias ao sabor dos ventos, da brisa suave, da calmaria dos dias cinzentos e mornos ou de outros ensolarados.
Sou como o tempo que passa e que eu não quero dar por ele, embora ele teime em deixar marcas que umas vezes são indeléveis, outras cicatrizes que demoram a sarar.
A noite que povoa a minha vida traz-me o luar onde me aninho contemplando as estrelas e escolha uma delas para conversar, sei que guarda os meus segredos, que me ilumina quando teimo em não sair da escuridão.
Quando de manhã os primeiros raios de sol se entrelaçam nos meus dedos e iluminam os meus olhos vivo na luz que me envolve, abro a janela do coração e amo o que vive em mim e esqueço o que foi, o que era e tudo o que ilusoriamente julgava ser meu.
E neste embalo me equilibro, sem pedir, sem julgar, sem duvidar, apenas vivendo sem te esperar.
Finalmente resolvi aderir ao desafio " Dos meus Cinquenta" proposto pela imsilva
Na verdade os cinquenta já passaram e prefiro falar a partir dos meus 52, altura em que a minha vida deu uma grande volta.
Reformei-me nesta idade.
Mudei de estado civil.
Deixei uma vivenda e passei a viver num caixote (apartamento)
Apesar de na foto aparecer loira, durante muitos anos fui morena e mudei, porque os brancos começaram a aparecer e já estava a gastar muito dinheiro em tinta.
Como ainda me sentia cheia de energia e com vontade de iniciar coisas novas, resolvi tirar alguns cursos:
-Reflexologia
-Reiki
-Cartomância
-Numerologia
-Quiromância
Frequentei durante um ano um centro budista.
Não fiz estes cursos para ganhar dinheiro e sim para me conhecer melhor e ajudar os outros, sempre que for necessário.
Criei o meu primeiro blog que me permitiu conhecer pessoas fantásticas através de encontros que foram sendo promovidos.
Senti que não devia ficar por aqui e resolvi dedicar-me à fotografia.
As grandes aventuras e viagens começaram.
Comprei uma máquina razoável e sem perceber muito de aberturas, velocidades, isos, etc, arrisquei ,fiz alguns workshops e realizei a minha primeira grande viagem à Tanzânia e Zanzibar.
Já percorri todos os continentes e tenho conhecido pessoas fabulosas e vivido experiências inesquecíveis.
Hoje sinto-me uma pessoa mais livre, solta, calma, assertiva e que não faz fretes.
Não entro em discussões estéreis e que me desgastam, se não me agrada, afasto-me e desligo.
Confesso que não tenho regras, faço o que me apetece e quando me apetece, tanto posso sofazar, como pegar na máquina e andar um dia inteiro a fotografar, ler, ver bons fimes, ouvir boa música, fazer caminhadas e não dispenso um copo de bom vinho tinto.
Sinto-me mais feliz e só espero que ter saúde para continuar a fazer o que mais gosto.
Ler um livro é ter apenas uma vida e viver muitas