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"A maturidade permite-me olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais doçura." (Lya Luft)
A Júlia era a mais velha de quatro irmãos, que viviam numa aldeia, onde os pais, sem grandes possibilidades monetárias, se esforçavam para dar aos seus filhotes o melhor.
O Natal era diferente em sua casa e na dos meninos da sua aldeia, não conheciam outras realidades, por isso eram felizes, embora a Júlia sonhasse que um dia teria um Natal cheio de prendas e coisas boas.
Na noite de Natal o jantar era melhorado e iam sempre à missa do galo e juntavam-se aos outros meninos que contentes, iam pela estrada abaixo rindo e cantando. Para eles saberem que iam beijar o Menino Jesus, era uma alegria.
O presépio da Júlia era feito por ela e pelos irmãos com barro e musgo, claro que quando as peças secavam e se partiam, eles não desistiam e faziam novas figuras.
Quando acabavam as festas chegava a hora de voltar à escola.
A Júlia ficava triste quando a professora perguntava que prendas tinham recebido, ela tinha de inventar, porque não tinha recebido nenhuma e jurou, que se um dia fosse professora, (o que veio a acontecer) , nunca faria essa pergunta.
Uns dias mais tarde receberam um aviso do correio, o que seria?
Foram os quatro, cheios de curiosidade, buscar a encomenda que era bem pesada.
Chegados a casa desembrulharam à pressa tudo o que vinha na caixa.
A Júlia tinha uma madrinha rica no Norte que de vez em quando enviava algumas coisas boas.
Chocolates, uma boneca, carrinhos e outros brinquedos que fizeram a delícia de todos.
Foi sem dúvida um Natal diferente e inesquecível.
Quando cresceu e se tornou adulta a Júlia proporcionou a todos os que amava o Natal com que tinha sonhado.
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